terça-feira, 18 de novembro de 2008

OS 25 MAIORES BANCOS DA AMÉRICA LATINA

18/11 - Encouraçado - revista Amércia Economia - edição outubro/2008
Encouraçado

As crises de anos anteriores permitiram aos bancos latino-americanos blindarem-se contra conjunturas adversas
por Juan Pablo Rioseco
Os bancos latino-americanos têm uma couraça contra crises. Pode ser que não seja de aço, mas ajuda a evitar que os projéteis da contração global da liquidez e da quebra de bancos nos mercados desenvolvidos os atinjam tão diretamente.
Essa é uma das conclusões que se obtém ao analisar os resultados desta nova versão do ranking de bancos elaborado por AméricaEconomia Intelligence, que observa as grandes tendências da indústria na região, selecionando os 250 maiores bancos e os 25 melhores - lista que volta a ser liderada pelo Banco Santander Santiago do Chile, seguido muito de perto pelo brasileiro Banco Itaú, que registrou um dos saltos mais espetaculares na história deste ranking.
Devido à conjuntura global, este ano demos especial atenção à solvência dos bancos latino-americanos. Especialmente a variáveis como capitalização, a quantidade de recursos próprios (capital ou patrimônio) aos quais uma instituição tem que recorrer caso os créditos por ela concedidos deixem de ser pagos. Se a capitalização é alta, o banco estará em melhores condições para enfrentar o golpe duplo que pode significar a restrição da liquidez global e a contração da atividade econômica. Outro indicador importante que deve ser analisado conjuntamente é o da qualidade da carteira de créditos. Trata-se de um indicador difícil de medir, pois requer a análise da qualidade dos devedores, dos projetos em que estão investindo e das garantias oferecidas, informações que não estão disponíveis na América Latina de forma homologável. Não obstante, analisar o tamanho da carteira vencida como porcentagem do total de créditos nos dá um bom proxy nessa direção. Também é preciso olhar com atenção a liquidez, análise à qual submetemos os bancos selecionados entre os 25 melhores: quantos ativos rapidamente disponíveis eles têm como porcentagem de seus depósitos.
Tanto a análise dos números quanto a visão dos observadores consultados para este estudo levam à conclusão de que o sistema bancário latino-americano apresenta adequados níveis de solvência. Em geral, se desenvolve sobre a exigência de 8% da norma do Acordo de Basiléia (ditada pelo Comitê de Bancos Centrais dos países do G10, com sede nessa cidade suíça), que considera os créditos corrigidos pelo risco. A média latino-americana está, segundo vários analistas, entre 9% e 10%.
Saiba viver melhor lendo o que outros escrevem para você saber mais do que pensa que sabe.
Pedro Bueno

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