quinta-feira, 29 de maio de 2008

UMA BOA LOJA -MERCADO DE TAMANHO PEQUENO


Sou uma loja pequena, porém....
Fotos apenas ilustrativas.



SOU RECONHECIDA COMO A FLOR DO BAIRRO

Uma boa loja em bairro de classe média alta tendo também classe tipo AA, visto estar num dos bairros de mais alto custo por metro quadrado. Bem, essa loja têm mais ou menos uns 1.200 metros quadrados, se comparada com um grande supermermercado até mais que parece com uma loja de conveniência, mas com uma movimentação de público muita intensa e com uma venda média por cliente que imaginamos ser de uns R$50,00 ou até mais.
Imaginamos uma frequências de umas 3 mil ou mais clientes. Então creio que errei ao classificá-la que se trata de loja de conveniência, apenas é muito pequena para tanta gente. Essa procura é devido a proximidade e também por oferecer serviços e os produtos que o cliente deseja e não aqueles que muitos colocam na mídia, correndo atrás de lideranças no rancking local ou mesmo que nacional.
As maiores compras são efetuadas via Internet ou efetuando compras e dando à própria loja efetuar toda a operação e entregar na residência. Essa Empresa sempre se utilizou desse método, penso que desde sua fundação, ao contrário de muitos supermercados que implantam e depois deixam de utilizar esse serviço. Se esses serviços não fossem usados, mais ainda a loja ficaria intransitável do que já é.
Muitos consumidores me disseram que já sabem os dias e horários de menor movimento e já o fazem, como de costume, suas compras nesses dias e horários. Andam na contra-mão, quando o orçamento de muitos já está mais escasso, aí que tem a certeza da redução do fluxo de cliente, mas dizem, não muito assim é essa redução atualmente em virtude do constante crescimento no fluxo de novos clientes.
Trata-se de uma loja estimada pelo bairro todo. Ela é tratada como se fosse "a flor do bairro"
Seu mix está composto de produtos líderes do mercado. Ex: trabalha com no máximo 3 marcas de detergentes em pó. Da mesma forma leite em´pó e outros produtos mais. Quem visitar essa loja poderá analisar de perto e ver que pelas informações, não há reclamações. Esses clientes conhecem as boas marcas que as indústrias fizeram acontecer já há bastante tempo e que se solidificaram na mente do consumidor.
O Cliente dessa loja não procura produtos alternativos em função do menor preço. Claro que ele permeia com sua visão, os preços desses produtos em outros supermercados. A loja tem consciência disso e está sempre fazendo levantamento de preços e procurando não ficar sem uma posição, mas também não se priva de ter lucro a ter prejuízos acompanhando as loucuras feitas pelos líderes do varejo de alimentos, que com o tempo podem a até vir a sucumbir, como já é fato na historia do varejo de alimentos.
E, complementando quanto ao mix, já está mais que consolidado o estilo da loja. Portanto, ter poucas opções de marcas não é mais a preocupação da direção, visto que a cada ano mais se consolida no gosto do seu público. Claro que também se preocupam em estar sempre dando "um banho de loja", para que não se pareça obsoleta. Tudo pode mudar, menos a logomarca que é bastante consistente e muito bem aceita.
Numa rápida olhada, nota-se de que além do grande número daqueles clientes de todos os dias, há aqueles que frequentam 3 vezes por semana e muitos outros quinzenalmente. Quanto aos que compram pela Internet, me parece que seja um segredo e por isso não pudemos captar qualquer informação. Mas os de maiores volumes de compras, frequentam a loja pelo menos 01 vez por semana. Na Internet, além das compras, normalmente de valores substanciais, há os que efetuam pesquisas de produtos de valor agregado satistórios. O pedido de informações são muito frequentes nos vinhos importados, principalmente.
Mas sente-se a preocupação da loja em se desejar saber ao indagar clientes que imaginam que sejam a primeira vez que frequentam a loja. Essa mini-entrevista se faz quando se percebe que o que desejavam comprar já foi efetuado e é quando ele sofre a abordagem. Não parece nada, mas é o momento também de se cativar um novo cliente para a loja. Infelizmente quase que ninguém adota esse procedimento. Muitos imaginam que supermercado tem que ser frio, que o cliente deva ficar no seu mundo fazendo suas compras sem ser importunado por qualquer coisa. Sim, de fato ele não pode ser incomodado, mas havendo um sentido psicológico de quem esteja encarregado disso, é muito importante o resultado. Dei uma sugestão de cinco perguntas escritas em pequenos folhetos e que o cliente respondesse e entregasse ao caixa na sua saída. Já fiz isso e com bons resultados.

Voltando as seções, a de perecíveis, na linha de congelados e porque não dizer em todas as linhas, o mix é composto de 3 ou no máximo 4 marcas. Há, na linha de congelados, produtos mais individuais, pois no bairro há muitos moradores sós, ou no máximo duas pessoas.

No hortifruti observei boa qualidade e variedade que satisfaz, sem fugir muito do tradicional, mas repito, vi qualidade. Quanto a preço, um próprio cliente me disse que "Qualidade não tem preço". Ouvindo isso, observei e fiquei seguro de quem faz a publicidade dessa loja é o seu próprio cliente.

No açougue o atendimento é feito no tradicional há muitos anos. Devido ao pouco espaço na área de vendas, para isso as carnes já vem da retaguarda quase que totalmente preparada, bastando apenas se fazer o corte de acordo com pedido do cliente e para a pesagem. Da mesma forma ouvi de outro cliente da loja de que também no açougue "Qualidade não tem preço". Esse reconhecimento do cliente é em função de muitos anos de bom trabalho no sentido de que o consumidor pode confiar no que está levando.

Apesar de parecer ser uma loja de público de bom poder aquisitivo, imagina-se que não há preocupação com os preços da concorrência, mas há. Essa preocupação é resumida em pesquisar diariamente uns 50 itens da área seca, assim como hortifrut e açougue.

Essa loja também "vende simpatia e bons serviços", não só produtos e preços!! Assim, trabalhando quase que com somente produtos líderes, esses possuem o top of mide mais aguçado junto ao consumidor, mas os clientes dessa loja em primeiro lugar a qualidade dos produtos e depois também a qualidade do tratamento.

Não se deixa impressionar quando o concorrente lança na promoção um líder, mas também se pode acompanhar com o vice-líder, principalmente por esse sempre estar no calcanhar do mais votado. Quero dizer que se reduz o preço do vice de forma bem destacada que venha encobrir o brilho do anunciado pelo concorrente. Me pareceu que estão satisfeitos com essa estratégia. Não estão dando oportunidade ao concorrente. Apenas não são loucos de não ter lucro para estar melhor no rancking do setor. Estão bem firmes e de forma positiva em quase tudo, não havendo necessidade de se fazer mágicas ou loucuras.

O setor de importados dessa loja é muito bom e de há muitos anos bastante procurado devido a sua boa carta de vinhos, principalmente de italianos, sem no entanto, deixar de ter uma gama muito grande de outras nacionalidades. Para prestar um bom atendimento, lá se encontra um funcionário com conhecimento do setor, diferentemente de muitos outros mercados que dificilmente tem quem possa dar uma informação, ao menos. Esse funcionário me parece ter bom treinamento pelo que pude sentir.

Uma das observações que consegui absorver, é de que de acordo com a procura de determinadas marcas ou tipos de bebidas, esse funcionário tem autonomia para sugerir a inclusão no mix e também a retirada dos que vão deixando de ser a atração dos consumidores, até mesmo para sobrar lugar para o novo.
A localização da loja e seu público comprador de importados, muitos deles viajam muito para o exterior e lá vendo e degustando, quando de retorno procuram saber se essa loja já tem esse item e caso a incidência de solicitação seja conforme mencionado mais acima, aí é feito o trabalho de inclusão no mix.
Outro fato muito deixado de lado por muitos, é com relação a não fazer concorrência por acharem que vinhos ou outros produtos importados, sejam supérfluos em comparação aos alimentos. Enganam-se quem pensa que o bom consumidor de vinhos não busque também um preço melhor. Sendo uma loja como essa, com boa venda desses produtos, muitos que promovem festas de casamentos e outros mais, sempre fazem pesquisa em todos do ramo.
Muitos mercados de fato quererem é colocar uma margem muito alta. O melhor é ganhar no volume visto que, por consequência, indiretamente faz-se uma propaganda aparentemente silenciosa. (??).
Mercearia penso que esgotamos em poucas palavras logo acima. Não há mais o que comentar.
Frente de caixas.
Não poderia ser diferente o número de check-outs reduzido em função do espaço físico da loja. Mas de qualquer forma o atendimento se mostra muito eficiente. O consumidor reconhece as filas como normais, visto sempre a loja estar movimentada. O que o consumidor reclama é o que ocorre em muitas lojas e Bancos, quando se vê filas enormes e muitos caixas fechados. Uma consumidora quando indagada, reconhece a impossibilidade de não haver filas, mas ela sempre procura facilitar o trabalho dos operadores, separando os produtos por "categoria" e com isso agiliza até no embalamento das compras. Da mesma forma os atendentes da retaguarda da frente de caixas, agilizam o máximo nos trabalhos burocráticos, como liberação de cheques, cartões etc, que por qualquer razão não poderiam ser operados no PDVs. Apenas para mencionar um dos problemas, que é o seguinte: Normalmente muitos clientes possuem muitos cartões e as vezes o saldo de liberação de um não é suficiente e e daí procede-se sempre a divisão dos valores em mais de um cartão ou até em mais de dois. Se esse trabalho fosse feito pelo operador de caixa, isso iria mais ainda retardar o andamento no seu check-out.
Ter vários cartões hoje não é muito demonstração de "status". Apenas .... bem.... Não me cabe aqui opinar nesse caso.
De qualquer forma, o pouco narrado aqui, penso que também não é nada como lá existente, é muito boa esta loja e digna de ser visitada. O melhor é ver de perto. Essa loja, aliás, essa empresa, já é tradicional na área que escolheu para atuar e, ao que me consta, não tem o mínimo de interesse em se deslocar para outros bairros a sua logomarca, que é sólida dentro do conceito de empresa de supermercado, e principalmente o conceito que escolheu para ser o que hoje é, respeitada de todas as forma.. Também não se caracteriza nesse nicho de super e muito menos tem pretensões futuras de criar lojas de maior tamanho. É questão de filosofia que até então tem dado muito certo. E como !!
Saiba viver melhor lendo o que outros escrevem para você saber mais do que pensa que sabe. Pedro Bueno

MIRIAM LEITÃO - ATÉ QUE ENFIM melhorou seu comentário



CBN - WMA
Até que enfim Miriam Leitão fez seu comentário sem ser partidária, conforme tem feito ultimamente. Foi mais isenta e coerente nos seus conhecimentos econômicos.
No início bem que o Carlos Alberto Sardenberg tentou levar o assunto de outra forma, ou talvez ele não houvesse combinado com a Miriam para ter conhecimento antecipado do conteúdo, o que o levou a imaginar que seria mais um dos comentários mais partidário do propriamente econômido sem distorção, o que imagino não ser do seu principio. Em termos políticos podemos até fazer comentários contrários ou procurarmos brechas para discordarmos, mas para mim que acompanho sua Coluna e também seus comentários pela Rádio CBN, não a vejo negativa, apenas as vezes a julgo partidária. Apenas dessa forma, pois reconheço nela uma grande no assunto que é o seu metiê.
Quanto ao nobre Carlos Alberto Sardenberg, até que últimamente também tem sido menos partidário. Até mesmo quando é negativo procura levar a coisa com certa simpatia.
Mas o propósito foi só falar do comentário de Miriam Leitão e, assim não fosse, também iria escrever do que penso do rancor do Jabor contra o Presidente Lula. O Merval Pereira esse nem se fala. Nada que não venha dos intelectuais é bom.

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