segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Twitter / MiriamLeitaoCom

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Saiba viver melhor lendo o que outros escrevem para você saber mais do que pensa que sabe.
Pedro Bueno

PRIVATARIA QUE FALHOU- QUIS IMITAR FHC- SÓ PRA NÃO ESQUECER

15/10/2006
O GLOBO
ELIO GASPARI

A precataria pegou pesado em São Paulo
A ekipekonómica de Alckmin queria vender o carro (ao seu jeito) para comprar gasolina
L
Lula exagera, mas não mente quando vincula Geraldo Alckmin á privatizaria que torrou R$ 200 bilhões do tesouro da Viúva entre 1995 e 2002. Dois lances recentes, ocorridos em São Paulo com o patrimônio da índia Bartira, indicara que os privatas aninharam-se na ekipekonómica que o candidato do PSDB deixou na administração do Estado. Urna, a privatização de 20% do banco Nossa Caixa foi cancelada ha duas semanas, na boca da pequena área, pelo governador Cláudio Lembo.
Destinava-se a recolher R$ 1 bilhão no mercado para calafetar contas públicas. A outra aconteceu ha quatro meses, com a venda de um pedaço da Cesp. Anomalias típicas da má gestão: queimar propriedades para cobrir buracos. Nas palavras de Noel Rosa: “Vendeste o carro para comprar gasolina”.
Nos dois episódios honram fenômenos paranormais durante o processo de privatização. Em geral, quando urna empresa lança ações no mercado, elas sobem. Foi o que aconteceu com aTAM. Com a Cesp e a Nossa Caixa, caí ram. No dia emque se anunciou a venda do lote da Cesp elas estavam a R$ 24,11. Quando os papéis chegaram ao mercado, valiam R$ 16,20. Um tombo de 32%. Com a Nossa Caixa, valiam R$ 47,36 no anuncio e, no dia em que Lem­bo salvou o gol, estavam a R$ 43, 10, urna desvalorização de 14%. ““.
Ações sobem, ações caem e a vida segue. Se a Cesp e a Nossa Caixa não encontravam quem pagasse menor pe­los seus papéis, problema delas. O patrimônio de Bar­tira perdeu peso num período em que as casas Bradesco, Itaú e Unibanco valorizaram-se 3%. Novamente, é o jogo jogado.
Nas duas iniciativas do governo de São Paulo, deu-se um fenômeno adicional. Depois do anuncio da operação, houve urna enorme demanda de aluguei de ações da Cesp e da Nossa Caixa. É o tal do mercado a descoberto, no qual um operador aposta na queda do valor de urna ação.
Coisa assim: aluga-se um papel cotado a R$ 100 por 90 Cruz R$ 100 coloca-se o dinheiro em outro negocio (juros de 14% ao ano do Copom, por exemplo) e espera-se. Se ao fim do contrato a ação estiver a R$ 90, se ganha 10% sobre o investimento. Dinheirinho fácil.
Feito o anuncia das duas privatizações, ocorreu um surto de febre locatária de ações da Cesp e da Nossa Caixa.
Quando não se falava no negocie, o mercado tinha 718 mil ações da Cesp alugadas. Quando a transação foi concluída, as ações afogadas eram 3,7 milhões, um aumento de mais de 400%. A mesma coisa acontece com a Nossa Caixa. No dia do anuncio, as ações alugadas eram 400 mil. Quando Lembo suspendeu a operação, havia na praça 1,7 milhão de papéis alugados.
O mercado financeiro muito mais complexo e menos demoníaco do que parece ao ser observado pelo retrovisor. Mesmo assim, se alguém teve a inspiração divina de alugar ações confiando e colaborando na queda.do valor dos papéis da Cesp e da Nossa Caixa, fez um bom negocio. Admitindo-se que urna pessoa tenha apostado R$ 10 milhões em cada privatizaria e tenha lucrado apenas a metade do que Ihe foi proporcionado pela queda das ações, faturou R$ 1,6 milhão com a Cesp.
No caso da Nossa Caixa, se as ações fossem ao mercado na cotação do dia em que Lembo acabou com o jogo, a desvalorização teria rendido uns R$ 500 mil. O feliz locatário teria ganho R$ 2,1 milhão sem urna gota de suor ou um cdtil de seu patrimônio. S6 com urna idéia, e urna fe.
Nos dois casos, quando a transação chegou ao fim, a febre locatária baixou e o número de ações das duas empresas no mercado a descoberto voltou ao normal Os locatários das ações da Nossa Caixa micaram, pois nos dias seguintes ao cancelamento da operação o papel subiu 17%.
Passada a febre locatária, as ações subiram de volta ao patamar em que estavam.
Na privatizaria paulista ocorreu urna mistura de oportunismo (vender o patrimônio para calafetar contas públicas), astúcia (torrar um pedaço de um banco no lusco fusco do fim de governo) e onipotência (achar que ninguém estava prestado atenção). Pelo menos na Nossa Caixa, Bartira deve.

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Pedro Bueno

MORRE UM HOMEM, MAS FICA UM LEGADO DIGNO!

Empresário Arthur Sendas é baleado e morre no Rio

Morreu na madrugada desta segunda-feira o empresário Arthur Sendas, 72, fundador da rede varejista de supermercado Sendas. Ele foi baleado na cabeça dentro de seu apartamento, no Leblon, zona sul do Rio.
Ele chegou a ser encaminhado ao Hospital Samaritano, em Botafogo, mas não resistiu e morreu na emergência do hospital, por volta das 2h30. De acordo com a assessoria do hospital, ele foi levado ao pronto socorro já em estado crítico para passar por uma cirurgia.
O corpo seguirá para o IML, que determinará a causa da morte do empresário. A família está bastante abalada e não deu nenhuma declaração à imprensa.
O caso foi levado para o 14º DP (Leblon). O delegado José Alberto Pires Lage esteve no apartamento de Sendas, mas não comentou o assunto. Ele disse que a polícia investigará a morte.
Fonte Uol
Bueno diz:
Eu que tive a oportunidade de trabalhar na empresa Sendas S/A, por 36 anos, não pude deixar de ter um baque no momento em que soube dessa noticia. O Sr. Arthur sempre usou de lisura no trato de tudo no comando das Sendas. Foi um abnegado, um valente que venceu todas as intempéries que o comércio enfrenta. Jamais tive qualquer noticia de coisas que denegrissem a sua e, principalmente, sua empresa e família. Muito respeitado de fato, não só pelos demais empresários e outros órgãos que trabalhassem com sua empresa, mas, mais que isso: respeitado e querido por todos os seus funcionários.
Tenho sim, muitas saudades dos bons tempos em que o Sr. Arthur visitava as lojas, mas principalmente em dezembro, quando fazia questão de cumprimentar a cada um dos funcionários. Eu, como Gerente de várias lojas e, portanto, vivenciei muitos desses cumprimentos, chegava um momento que eu me perguntava: esse homem não cansa? Já passou por 5 filiais hoje e está sempre com o mesmo carinho e alegria?
Conheci muitos funcionários que de simples balconistas, tiveram a oportunidade de ver seus filhos se formarem e hoje são doutores e bem postos na vida. Ficaria um dia descrevendo o que foi o Sr. Arthur para mim. Me chamava de "embaixador", quando fui designado para acompanhar a construção da loja e gerenciar a filial de Petrópolis. Em viagem de premiação aos EUA, sempre se preocupava comigo, pois sabia ele que aquela era a primeira viagem internacional minha. Quando fiquei internado por mais de 20 dias num Hospital, todos os dias pessoalmente me ligava e tranquilizava minha esposa.
Fiquemos por aqui, por enquanto, pois teríamos muitas coisas boas para contar sobre o Sr. Arthur. Eu pessoalmente, sou-lhe muito grato.
Mas não posso deixar de mencionar um fato: Quando gerenciava a loja do Leblon, na rua José Linhares, o Sr. Arthur em visita me disse: Bueno, penso que você todos os dias poderia reunir seu pessoal, na entrada da loja, junto a passagem dos check-outs e fizesse uma oração antes de se iniciar o expediente. Claro que não lhe externei meus pensamentos naquele momento, mas não me esforcei sobre seu comentário. Porém, quando fui para Petrópolis, comentei com uma funcionária que gostou e me disse que tomaria a iniciativa. Se continuam não sei, mas foi uma das melhores coisas que se implantou naquela loja. Depois o convidei para um dia ele participar e lhe disse do meu arrependimento de não ter me empenhado quando ele sugeriu. Sua fé católica era impressionante!


QUE DEUS O TENHA EM BOM LUGAR, POIS ELE MERECE!