terça-feira, 18 de dezembro de 2007

LIBERDADE E UM SONHO

"Liberdade" têm-se de várias maneiras, sendo que uma delas a de Jornalista.
Quando há, reclamamos quanto ao poder da imprensa, principalmente quando ela acintosamente impinge certos conceitos e por isso ela é recriminada, e chamada a ter uma resposta a algum questionamento, logo aparece um jornalista através de sua Coluna, a fazer defesa do direito de opinião, sem deixar de usar e mencionar o usado jargão de "liberdade de imprensa".

Um Jornalista deve sofrer muito no seu íntimo por não poder demonstrar completamente sua opinião pessoal. A maioria têm um compromisso com seu empregador e por isso fica preso aos interesses e opiniões do seu patrão, no caso o dono da empresa jornalística. Seus interesses comerciais não podem ser contrariados e assim sendo, o Jornalista deve externar tão somente os interesses de quem lhe dá trabalho. A sua opinião fica em segundo plano. Há aqueles que comungam com as mesmas ideias de seu empregador.

Na TV, sente-se a mesma coisa. Os apresentadores e comentaristas fazem um jogo de cena como que se aquilo que estão dizendo são opiniões suas e também da emissora. Fato que nem sempre combina com o que pensam. Basta o telespectador observar.

Quando uma autoridade seja de que nível for, quando emite uma opinião ou apresenta um novo plano de trabalho a ser desenvolvido, a ação de análise da retaguarda da emissora de TV e Rádio, ou mesmo qualquer outro meio de comunicação contrário, já está agindo e declinando o que os Colunistas ou Comentaristas devem explanar para seus leitores, ouvintes e telespectadores. Parte do público imagina que são os Jornalistas que emitem suas opiniões. Muitas das vezes coincidem, mas na maioria das vezes não. Outros podem ter sua opinião própria, mas são poucos.

Pobre Jornalista ou apresentador. Tem que fazer um esforço tremendo para cumprir o seu papel. São treinados para isso e daí escreverem ou apresentarem de forma contrária aos seus pensamentos. Por se tratar de uma área muito restrita e as vezes para até sobreviverem se sujeitam, contrariando um aprendizado académico. Ou se sujeitam ou sucumbem!

No momento não tenho na memória os que já foram alijados e hoje vivem no ostracismo ou estão no subemprego em órgãos de menor evidência. Ainda bem que ainda temos os valentes e livres para dizer para seu público aquilo que realente é seu pensamento.