sexta-feira, 27 de junho de 2008

Jabor- O ABRAÇO DE LULA EM FHC.

CBN - A rádio que toca notícia - Arnaldo Jabor
Todos temos motivos para desejar fazer criticas, Arnaldo Jabor, todos os dias, ou melhor, de segunda a sexta, as 8:10h, sempre inicia seus comentários ainda com o gosto de limão azedo, que suponho que ele chupe todos os dias pela manhã, pouco antes de fazer seus comentários. Mas como é gravado, temos que descobrir o que lhe faz tanto azedo, que demonstra umA ojeriza do Presidente Lula de tamanha grandeza;
MAS HOJE QUERO EU FAZER UMA HOMENAGEM AO JABOR. Seu comentário desse dia 27 de junho, foi de uma pureza que até estava duvidando que a voz fosse dele mesmo. Digo que ele fez esse belíssimo comentário, que espero tenha sido bem gravado, para que ´possamos dar de fato, os nossos parabéns a Jabor.
Por outro lado, como seria bom que houvesse, de fato, a reconciliação Lula e FHC.

Não deveria nesse momento tocar no assunto, mas quem passou o tal dossiê para a revista Veja? Dona Ruth, lá no céu ficará sabendo. Com quem estava o tal dossiê antes de chegar a revista?
MAS OBRIGADO, JABOR !!
Saiba viver melhor lendo o que outros escrevem para você saber mais do que pensa que sabe. Pedro Bueno

SINTO VERGONHA DE MIM !!!

Pare e pense. Não leia se não estiveres preparado. Se você deixar a emoção entrar em você, suas lágrimas escorrerão em seu rosto! Então declame você mesmo e sinta uma emoção muito forte, pois seu carater fará julgamento diante de tanta verdade escrita por Rui Barbosa.
http://bueninho-oquepensabueninho.blogspot.com/
SINTO VERGONHA DE MIM !!

SINTO VERGONHA DE MIM por ter sido educador desse povo, por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a honestidade, por primar pela verdade e por ver esse povo chamado de varonil, partir para a desonra.
SINTO VERGONHA DE MIM por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia, pela liberdade de ser e ter que entregar aos meus filhos, simples e abominavelmente, a derrota da virtude pelos vícios, a ausência de sensatez no julgamento da verdade, a negligência com a família, célula mater da sociedade. a demasiada preocupação com o "EU" feliz a qualquer custo, buscando a tal "felicidade" em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo.
TENHO VERGONHA DE MIM pela passividade em ouvir, sem despejar o meu verbo, a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido a tantos "floreios" para justificar atos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição de sempre "contestar", voltar atrás e mudar o futuro.
TENHO VERGONHA DE MIM, pois faço parte desse povo que não reconheço, enveredando por caminhos que não quero percorrer...
TENHO VERGONHA minha impotência, da minha falta de garra, das minhas desilusões, do meu cansaço.
Não tenho para onde ir, pois amo este meu chão, vibro ao ouvir o meu hino e jamais usei a minha Bandeira para enxugar meu suor ou enrolar meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
AO LADO DA VERGONHA DE MIM, tenho tanta pena de ti, povo brasileiro!!
DE TANTO VER triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude , a rir da honra, de TER VERGONHA DE SER HONESTO!!!

Rui Barbosa escreveu esse poema nos idos de 1800/1900 e infelizmente isso tudo já nasceu no descobrimento e continua nos dias de hoje. Apenas as mãos é que são outras ou são passada de herança dentro do meio daqueles que não amam de fato essa Pátria.
Veja o vídeo com Rolando Boldrin e ficará arrepiado: www.rolandoboldrin.com.br/video


Saiba viver melhor lendo o que outros escrevem para você saber mais do que pensa que sabe. Pedro Bueno.

BRASIL CAIPIRA - ZUENIR VENTURA.




Há os que escrevem em nossa imprensa que nos prendem todos os dias, na leitura de seus comentários, sempre cheios de coisas delicadas e boas, já que no restante de um jornal, só temos coisas que dão manchetes vendedoras, mas de pouco bom gosto.
Zuenir Ventura, Hélio Gáspere, são daqueles que mesmo não concordando em tudo, mas são os que prefiro ler para aprender.
SEM A PERMISSÃO DE ZUENIR VEJA SUA MATÉRIA DE 25 DE JUNHO DE 2008 - O GLOBO.
Quando a gente viaja por algumas regiões, como tenho feito, nota que um novo "mapa" do Brasil está sendo redesenhado. Ele é chamado de "Brasil rural", "sertanejo", ou, com um certo desprezo preconceituoso, de "Brasil caipira". A economia já é capaz de mostrá-lo com números e dados, e um jornal estrangeiro disse que ele está trocando nossos estereótipos: "O país do carnaval, do samba, do futebol, do café, da caipirinha já tem outro símbolo por bandeira: a cana de açúcar". Só falta um mergulho do repórter José Casado e uma das sacações de Roberto Damatta o que uma crônica impressionista com esta não consegue: as dimensões antropológicas s culturais do fenômeno.
Esse mundo do "interior" (o centro somos nós, claro) não tem nada a ver com os hábitos da época do jeca-tatu e nem com a proposta hippie de volta nostálgica ("quero uma casa no campo"). Ele está conectado com a cidade, dispoe de uma oferta cultural variada e pratica de consumo ecletico. Há uma elite que acessa a Internet, vê filmes em DVD, compra livros e frequenta restaurantes sofisticados. Numa noite ouvi em Ribeirão Preto a multidão na praça cantando orgulhosa "Romaria" com Renato Teixeira ("Sou caipira , porapora"), e dois dias depois, em Goiana, assisti um show de Bossa Nova num teatro de 800 lugares, superlotado. Miele, Leni Andrade, Fernanda Tokal, Toquinho, quase não precisaram cantar. O público fazia por eles, inclusive quando eram 74 versos, como em "Aquadrela" ("Numa folha qualquer/eu desenho um sol amarelo"). Ver o teatro entoar a música e Toquinho, o autor com Vinicius, acompanhar apenas com gestos, foi um espetáculo à parte. As pessoas riam das histórias de Miele sobre Bossa Nova com intimidade de quem morasse em Ipanema ou Leblon.
No dia seguinte, lendo num jornal local que "a carne brasileira alimentará o mundo", aprendi que as nossas exportações de "proteínas vermelha" para de 150 países saltaram em dez anos de 370 mil toneladas para 1,5 milhão. Almoçando com jovens professores, pude discutir questões da atualidade artística e cultural. O nosso etnocentrismo metido a besta se surpreende com isso, e às vezes tem vontade de dizer "que pena", quando a menina linda de minissaia, parecendo saída de uma novela urbana da Globo, pronuncia "voilrta" e " poirita".
De noite falei num auditório de mil lugares para alunos do Colégio Visão. Mais de duas horas não foram suficientes para atender à curiosidade insaciável daqueles adolescentes que queriam saber tudo sobre 1968, o país, a juventude, o jornalismo, a nova ordem mundial e, acreditem, a política.
Não sei no que vai dar esse novo ciclo de açúcar e da carne, mas vale a pena desviar um pouco o olhar de Sul-Maravilha e prestar atenção no "Brasil caipira". Há vida inteligente, além de rica, fora do eixo Rio -São Paulo.
Obrigado Zuenir
Pedro Bueno
Saiba viver melhor lendo o que outros escrevem para você saber mais do que pensa que sabe. Pedro Bueno