sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Fizeram desfeita com Lupi e agora o OBAMA.....

Fonte: http://blogdomello.blogspot.com/
Lupi e Obama querem regras para pacote de estímulo às empresas Posted: 30 Jan 2009 05:21 AM CST
Quando ainda outro dia o ministro do Trabalho e Emprego Carlos Lupi disse que empresa que pegasse dinheiro com o governo não deveria demitir trabalhadores foi um deusnosacuda na mídia corporativa. Levou tiro de todos os lados, O Globo chegou a dizer que o presidente Lula “teria ficado furioso com Lupi”. Para os jornalões, o que vale é a regra ditada pelo megaespeculador George Soros, que, resumidamente quer dizer o seguinte: o governo só deve entrar com o socorro, a grana, depois recolhe o time e deixa que o mercado se autorregule (estamos tendo uma prova de como é furado esse raciocínio agora, com a violenta crise mundial, fruto de papéis podres produzidos pelo deus-mercado).Mas o que quero dizer é o seguinte: a mídia caiu de pau no Lupi e agora o incensado Obama faz exatamente o mesmo nos EUA, quando enviou ao Congresso o pacote de medidas econômicas com uma cláusula chamada “Compre América”. A cláusula proíbe a compra de ferro e aço estrangeiros por empresas que tenham se beneficiado pelo pacote de estímulo do governo. Lupi e Obama estão certos. Querem dinheiro do governo, as condições são essas. No caso brasileiro, CEOs, presidentes, diretores, conselheiros, acionistas que aceitem receber menos e mantenham os empregos daqueles que não são responsáveis pela crise. Afinal, qual a culpa do trabalhador da Aracruz, da Sadia, da Votorantin, pela caca que os administradores desses grupos fizeram apostando o fruto de seu trabalho no mercado derivativo?
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Apesar de tudo, o Brasil tem crescido.
Que os ciganos da nossa economia errem sempre, como agora.

DAR AOS POBRES GERA INFLAÇÃO ! Boa essa, não?

Ajudar aos pobres é perigoso, pois pode gerar inflação. Muito boa essa. Que acham?
Merval Pereira na sua coluna desse dia 30 de janeiro, após narrar algumas coisas boas nas discussões que estão se realizando em Davos, na Suíça, quando lá muitos acham que a América Latina, que por muitos anos era considerada o patinho feio, mas que agora é considerado a zona mais segura em não sofrer tanto com a crise e também que será a primeira área a se livrar dela. A partir desse trecho, vamos descrever o que escreveu Merval Pereira sobre a influência da Bolsa Familia:
Apesar do relativo otimismo em relação ao desempenho da região como um todo, e Brasil em particular, há um temor de que a crise econômica severa reavive tendências populistas, para tentar evitar que seus efeitos afetem as políticas sociais que tiveram bons resultados nos últimos anos, tirando da extrema pobreza milhões de pessoas. A questão é que aumentar os gastos públicos para tentar estimular a economia ou aumentar proteção aos mais necessitados, como está fazendo o Brasil nesse momento ampliando o alcance da Bolsa Família, em vez de política anticiclica tradicional, pode-se transformar em fator de desordem da economia e fonte de inflação a médio prazo. Assim vai destruindo os fundamentos que estão dando, nesse momento, o suporte para enfrentar a crise com um mínimo de estrutura. E é o controle que permite avanços nos programas sociais.
Após o trecho acima, Merval deu continuidade ao seu grande saber.
Agora prossigo eu:
Então quer dizer que dar aos mais pobres gera inflação. E quando não havia Bolsa Família, não havia inflação? Ah, vai dizer que esse é um dos componentes. Sempre dará uma resposta para qualquer contestação. Repetindo: dar aos mais pobres gera inflação. Essa é nova! Está no O Globo deste dia 30 de janeiro de 2009. Dia inesquecível, onde um jornalista descobriu de que ajudar aos mais necessitados gera INFLAÇÃO !!
Quer dizer que dar as montadoras e outros mais, não há perigo algum, mas aos pobres além dos riscos de inflação, pode, também, criar desordem na economia. Estranho, não? Acho bom Merval voltar do "calor da Suíça", pois o frio não lhe está fazendo bem. Entenderam? Nem eu !!

Apesar de tudo, o Brasil tem crescido.
Que os ciganos da nossa economia errem sempre, como agora.

A imprensa se calou e até elogiou.

NOME AOS BOIS
Quem são os vilões da crise
Por Luciano Martins Costa em 28/1/2009
Comentário para o programa radiofônico do OI, 28/1/2009
A Gazeta Mercantil publica na primeira página da edição de quarta-feira (28/1) a reprodução de uma reportagem curiosa do jornal britânico The Guardian sobre a crise financeira internacional.
O texto, que foi praticamente ignorado pela chamada grande imprensa brasileira, traz o resultado de uma pesquisa sobre os vinte e cinco principais responsáveis pela crise financeira que abala o mercado global. Entre investidores, governantes e ex-governantes, autoridades monetárias dos Estados Unidos e da Inglaterra, destacam-se banqueiros e executivos de Wall Street. Não há qualquer citação às responsabilidades da própria imprensa.
Se, entre os critérios para julgar as responsabilidades, foi incluída a omissão, como no caso das autoridades que acompanhavam o crescimento explosivo dos investimentos em fundos sem lastro, os jornais deveriam se incluir entre os culpados. Se pretende apresentar-se como fonte credenciada para a formação de opiniões e a tomada de decisões de seus públicos, a imprensa também precisa assumir, como contrapartida, o risco dos diagnósticos mal formulados e dos climas emocionais que o noticiário produz.
Afinal, quem toca o berrante produz o chamado efeito-manada nos mercados?
Boa pergunta
Se a imprensa não deu repercussão à pesquisa sobre os culpados pela eclosão da crise, pelo menos os jornais de quarta-feira (28) apontam alguns dos responsáveis pelas dificuldades em reduzir os seus efeitos, ao menos no Brasil.
Está nas primeiras páginas dos principais diários: os bancos brasileiros aumentaram pela sexta vez seguida o spread cobrado nas operações de crédito.
O spread é a diferença entre o custo do dinheiro captado pelo banco e o valor que cobra para emprestar a seus clientes.
O sistema financeiro foi beneficiado por um pacote de medidas recentes do governo, mas não repassou esse benefício aos clientes. Pelo contrário: os bancos estão aproveitando a crise para rechear seus cofres e reduzir seus próprios riscos, transferindo-os para a clientela.
A imprensa noticiou na quarta-feira os dados divulgados pelo Banco Central, mas, curiosamente, não se localizam editoriais e artigos indignados contra a atitude dos bancos, como acontece normalmente quando os jornais discordam de decisões do governo.
Por que será?
Basta ver as crítcas que alguns colunistas faziam ao governo, até fazendo comparações com o Haiti. Que diz a Miriam agora? Muda de assunto.
Apesar de tudo, o Brasil tem crescido.
Que os ciganos da nossa economia errem sempre, como agora.