quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Deu no blog do Noblat

Fonte: Blog de Ricardo Noblat - 23.12.2008 16h09m
Comentário
Protógenes está com toda a pinta de candidato
Somente agora, de volta de São Paulo, posso comentar a entrevista concedida ontem pelo delegado Protógenes Queiroz no programa Roda Viva da TV Cultura.
* O delegado denunciou que houve maracutaia na criação da supertele (Broi). Sugeriu que correu muito dinheiro não contabilizado por debaixo do pano, e que a Polícia Federal reuniu provas a respeito. Espera-se que um dia elas sejam reveladas;
* Achei estapafúrdia a tese dele de que o ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) não foram grampeados como publicou a revista VEJA, "Cadê o áudio, cadê o áudio?" - insistiu Protógenes.
Cadê o corpo do deputado Ulysses Guimarães, presidente do PMDB, que desapareceu em Angra dos Reis depois da queda de um helicóptero nos anos 90? E, no entanto, todos sabemos que Ulysses morreu.
Conversei há pouco com o senador Demóstenes Torres. Ele me contou que estava no seu gabinete acompanhado de cinco pessoas quando conversou com Mendes por telefone. As cinco: três funcionários do Ministério da Justiça, um procurador da Justiça de Minas Gerais e um assessor do Senado.
Tais pessoas ouviram o que Demóstenes disse a Mendes. São testemunhas, portanto, de parte do diálogo.
Semanas depois, Demóstenes foi procurado por um repórter da VEJA que lhe apresentou a transcrição completa da conversa. Ele reconheceu na transcrição o que dissera e ouvira. Mendes também reconheceu.
Protóneges tentou vender a tese de que o repórter da revista reconstituiu a conversa com a ajuda de Demóstenes e de Mendes. No caso, o senador e o ministro teriam sido cúmplices do repórter na invenção de um episódio que quase procovou uma crise institucional.
Conto da carochinha, esse.
* A Polícia Federal tem provas do envolvimento de jornalistas com o esquema do banqueiro Daniel Dantas, disse Protógenes. E garantiu que mais adiante essas provas serão reveladas.
Tomara que sejam mesmo.
* É difícil entrevistar um policial experiente como Protógenes e que pode fugir das perguntas sob a desculpa de que o assunto corre em segredo de Justiça. Foi o que ele fez em diversas ocasiões.
* Quando o programa terminou, vários entrevistadores brincaram com o delegado dizendo que ele será candidato, sim, a algum posto eletivo em 2010 por mais que negue. Protógenes riu muito e continuou repetindo que é candidato "a carcereiro do bandido Daniel Dantas".
Ele daria um bom vice na chapa presidencial da ex-senadora Heloísa Helena, observou o jornalista Fernando Rodrigues. Protógenes sorriu.
Acho que o discurso dele como candidato está prontinho e sendo testado em palestras pelo país a fora. Se será ou não candidato, o futuro a Deus pertence.
* Essa história de misturar o nome do ministro Gilmar Mendes com o do banqueiro Daniel Dantas me perseguirá pelo resto da vida. Uma vez escrevi aqui Gilmar Dantas. Alertado por leitores, corrigi. Não adiantou. Fui muito criticado em outros blogs e também aqui.
Ontem, ao fazer uma pergunta ao delegado, incorri no mesmo erro. Peço desculpas ao ministro. Daqui a pouco vou começar a ser comparado ao ex-governador de São Paulo Franco Montoro, que trocava os nomes das pessoas. Uma vez chamou Pimenta da Veiga, líder do PSDB, de Pimenta do Reino.
Pelo menos Montoro era mais engraçado.
E para completar o que copiei do blog do Noblat, vai aí essa beleza de artista e um grande canção.





Apesar de tudo, o Brasil tem crescido.
Que os ciganos da nossa economia errem sempre, como agora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário