quarta-feira, 22 de outubro de 2008

PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL DESTACA QUE...

POR TER SIDO DE MEIRELLES, O PSDB VAI CONTESTAR? SE FOSSE O MANTEGA, SEI NÃO! MAS AI ELES IRAM CONTESTAR, SIM SENHOR!
Presidente do BC destaca que Brasil tem condição positiva diante de crise

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, destacou ontem, em Comissão Geral na Câmara, as políticas de fortalecimento promovidas ao longo dos últimos anos para o País enfrentar choques externos, como a atual crise financeira que atinge os mercados internacionais, e as ações tomadas pelo BC no enfrentamento imediato do problema.
Ele citou que o Brasil tem a seu favor, no atual contexto, uma condição diferente e positiva de endividamento e um alto nível de reservas em dólares, além da adoção de medidas práticas que beneficiam exportadores e a liberação de crédito a bancos menores.
O presidente do BC afirmou que a partir deste ano, o setor público eliminou a dívida cambial doméstica pública - dívida doméstica indexada ao dólar-; obteve redução da dívida externa pública, realizou pagamento da dívida externa, e ampliou a aquisição das reservas como forma de beneficiar exportações brasileiras.
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Sobre a dívida cambial doméstica, Meirelles afirmou que em maio de 2003 a dívida equivalia a US$ 62.3 bilhões(dívidas em reais indexadas ao dólar). "Em agosto de 2008, o Brasil era credor em US$ 27.3 bilhões Portanto, era dívida indexada em moeda estrangeira que foi convertida para a dívida denominada em reais", afirmou.
Sobre a dívida externa, que é a dívida de fato em dólares, Meirelles afirmou que dívida externa pública total tinha atingido, em setembro de 2003, US$ 138,6 bilhões e, em agosto de 2008, US$ 85.6 bilhões. "Isto é, o Brasil pagou uma boa parte da sua dívida externa. Pagamentos foram feitos ao Fundo Monetário Internacional, ao Clube de Paris, o chamado Brady Bonds, C-Bonds, algumas dívidas privadas - quer dizer, aquilo que foi vencendo. Em resumo, a dívida externa total pública bruta caiu, portanto, um valor substancial", disse.
Ao mesmo tempo, destacou, em outra medida de fortalecimento, o Banco Central adquiria reservas internacionais que saíram de um patamar de US$ 15,9 bilhões em abril de 2003 para US$ 203,9 bilhões em outubro deste ano. O acúmulo de reservas, disse, "foi objeto de muita controvérsia durante bom tempo, porque se questionava duas coisas em relação às reservas e a posição nos mercados futuros. Primeiro, se isso não era caro, se manter essas reservas. Segundo, já que o dólar estava caindo na época, muito bem, não é bom ter um ativo em dólar quando o dólar está caindo. E a argumentação nossa era exatamente que reservas internacionais visam a aumentar a resistência do país à crise", disse.
O quadro hoje, acrescentou, é de liberação de liquidez em dólares, que vem das reservas internacionais e dos mercados futuros; liberação dos depósitos compulsórios, para oferecer recursos no mercado interno.
Crise - Em sua exposição, o presidente do BC fez ainda um histórico sobre as raízes da crise. Citou que os problemas começaram no longo período de taxas de juros acumulativa nos Estados Unidos. A conseqüência, afirmou, foi um aumento substancial de crédito e aumentos progressivos de risco, "na medida em que um longo período de estabilidade e de expansão criou cada vez mais uma percepção de que os prêmios de risco deveriam ser cada vez menores".
A expansão de crédito foi acompanhada por inovações financeiras que visavam retirar o risco dos balanços das instituições e aumentar o endividamento.
Meirelles destacou que a situação foi facilitada pelo quadro regulatório americano permissivo, em especial para os bancos de investimento, que não tinham, ao contrário do Brasil, por exemplo, o mesmo tipo de supervisão e regulamentação por parte das autoridades monetárias.
"O quadro benigno se reverteu a partir de meados de 2007. A queda do preço dos imóveis levou a que o mercado tivesse uma demanda aquecida além da demanda criada pela própria expansão econômica. A inadimplência no crédito residencial, como vemos, vem crescendo substancialmente. Em junho já estava em 4,3%, revertendo, portanto, esse padrão de estabilidade de alguns anos. Em conseqüência, os bancos perderam capital, conseqüência das perdas de crédito no mercado". O resultado foi uma seqüência de crédito que afetou a liquidez do mercado e a confiança de investidores e do consumidor.


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Pedro Bueno

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