domingo, 30 de novembro de 2008

LUCIANO PAVAROTT

Luciano Pavarotti: uma vida consagrada à ópera
2007/09/06
ROMA (AFP) — Considerado o melhor tenor do mundo, o italiano Luciano Pavarotti, que morreu nesta quinta-feira, aos 71 anos, dedicou sua vida às apresentações nos teatros de maior prestígio do mundo.
Dotado de um timbre excepcional, em seus 40 anos de carreira, Pavarotti satisfez a todos os públicos, preenchendo o vazio deixado pelo célebre Enrico Caruso, morto em 1921.
Com sua barba preta característica, seu sorriso e sua generosa corpulência, Pavarotti se apresentou em palcos de todo o mundo, do Scala de Milão ao Metropolitan Opera de Nova York, e atuou também em cenários atípicos como na Torre Eiffel de Paris, na Praça Vermelha de Moscou ou na Cidade Proibida de Pequim.
Quando nasceu em 12 de outubro de 1935 em Módena (centro da Itália), o pequeno Luciano gritava tão alto que o médico disse a seus pais que o menino seria um "excelente tenor". Enquanto a profecia do médico não se cumpria, Pavarotti se dedicou a cantar nos coros do teatro da ópera local e estudou para ser professor.
Ganhador de um concurso em 1961, Pavarotti debutou na ópera interpretando o papel de Rodolfo em "La Bohème" de Puccini, no teatro Reggio Emilia. No mesmo ano, cantou "La Traviata" em Belgrado. Logo atuaria em várias salas européias em Amsterdã, Viena, Zurique e Londres.
Em 1965, brilhou em Miami com "Lucia di Lammermoor", de Donizetti. A soprano australiana Joan Sutherland o acompanhou em um giro pela Austrália. Neste ano ele ainda cantou "Rigoletto" e o "Requiem" de Verdi e "La Bohème" no Scala de Milão.
O Metropolitan Opera o recebeu em 1968 e em 1972, quando foi vivamente aplaudido por interpretar "A filha do regimento" de Donizetti com Joan Sutherland.
Exigente consigo mesmo, Pavarotti, que decidiu limitar sua atividade a uma centena de concertos por ano, foi acompanhado em várias ocasiões por divas da ópera como a espanhola Montserrat Caballé.
Junto com os espanhóis José Carreras e Plácido Domingo formou um bem-sucedido trio denominado "Os três tenores", que em ocasiões excepcionais se apresentavam em macroconcertos transmitidos ao mundo inteiro.
Em 2001, a Cidade Proibida de Pequim recebeu um concerto dos três tenores, para apoiar a candidatura chinesa para os Jogos Olímpicos de 2008.
Apaixonado por cavalos, macarrão e um bom vinho, Pavarotti se separou em 1995 de Adua, com quem tinha se casado em 1960 e teve três filhas. Em 2003, teve uma quarta filha com sua jovem colaboradora Nicoletta Mantovani, com quem se casou em dezembro de 2003. Desde abril de 2002, o tenor também já era avô.
Alegre e, às vezes, colérico, voluntarioso ao ponto de perder 35 kg em algumas semanas para cantar Werther, o tenor gravou dezenas de discos desde 1964.
Capaz de cantar todos os estilos, do clássico ao pop, passando pelo canto napolitano, Pavarotti não hesitou em fazer duetos com Sting, Joe Cocker ou Mariah Carey para defender suas causas humanitárias.
O tenor, que recebeu vários Grammys, começou em maio de 2004 uma turnê mundial de despedida, pouco antes de completar 70 anos. Mas em julho de 2006 teve de interrompê-lo para ser operado de um câncer de próstata.
PAVAROTTI CANTA COM MINELLI

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