sexta-feira, 24 de outubro de 2008

FAZENDA E BANCO CENTRAL E MP. PARA SALVAR

Ministros anunciam novas medidas para diminuir riscos da crise mundial
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, anunciaram ontem três novas ações preventivas que visam diminuir os riscos da crise financeira internacional na economia brasileira. As medidas serão implementadas por meio da medida provisória (MP 443) publicada no Diário Oficial.
Conforme o ministro Guido Mantega, a primeira permite que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal (CEF) participem do controle acionário de instituições financeiras com problemas de liquidez."

Mantega reafirmou que o sistema financeiro brasileira está sólido e garantiu que a medida tem caráter estritamente preventivo. "Não há bancos quebrando no Brasil", disse a jornalistas durante entrevista coletiva no auditório do Ministério da Fazenda, em Brasília.
"Nós estamos aumentando as alternativas para empresas que querem alienar parte de seu controle acionário. A instituição que quiser fazer alienação pode pesquisar e obter melhor preço, pois a entrada dos bancos públicos melhora a concorrência", complementou.
A segunda medida permite à CEF criar uma empresa voltada para o setor imobiliário - a Caixa Par. O ministro afirmou que a medida permitirá à CEF ter participação acionária nas empresas de construção civil, assim como ocorreu no passado com o BNDES.
O objetivo é reforçar o setor habitacional para manter a performance dos últimos dois anos. A preocupação do governo é que a crise interrompa o fluxo de capital, levando a suspensão dos projetos de habitação em curso no País.
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, detalhou a terceira medida, que autoriza a autoridade monetária a efetuar swaps (troca) de moedas em países com moedas de alta aceitação internacional. Assim como as ações anunciadas por Mantega, Meirelles ressaltou o seu caráter preventivo.
Ele explicou que assim como o FED (o banco central americano) e outros bancos centrais que possuem moedas conversíveis, o swap permitirá que o BC negocie reais com outras moedas. "É meramente um processo de antecipação de possíveis necessidades futuras. Apenas disponibilizamos a faculdade legal para permitir a troca de moedas".

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Pedro Bueno

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