terça-feira, 14 de outubro de 2008

DEVO MUITO RESPEITO AO SR. HÉLIO FERNANDES - DIRET. DA TRIBUNA DA IMPRENSA, autor dessa matéria.
Quando ainda jovem, eu costumava ler esse jornal e também a coluna do Sr. Hélio, no Diário de Noticias, se não me engano. Peço-lhe autorização e meus cumprimentos.
EIS A MATÉRIA:
Lula não quer nem pode querer o terceiro mandato
Só que, não demora, chega a 90 por cento de popularidade
Estamos em plena campanha eleitoral para 2008 (prefeituras) e, lógico, com resultados e conseqüências para a sucessão total de 2010. Digo total, porque aí um dos maiores absurdos do sistema político que jamais será reformado ou reformulado para acabar com metade dos grandes problemas brasileiros é a farsa da REPRESENTATIVIDADE.
Em 2008 o povo vota para prefeito. Em 2010 para presidente, governador, senador, deputados federais e estaduais, numa COINCIDÊNCIA que não existe em nenhum país do mundo. Tudo no mesmo dia, confundindo o cidadão-contribuinte-eleitor. Mas não é novidade.
Na Primeira República (1889 a 1930), os presidentes escolhiam os sucessores. Na Segunda (1930-1945), não houve eleição ou sucessor, Vargas "escolheu" a ele mesmo durante 15 anos, só saiu escorraçado.
Na Terceira República (1946-1964) houve uma bela Constituição, assassinada antes de completar 18 anos. Veio a Quarta República (1964-1985), que repetiu Vargas. Este era civil garantido por militares, vieram militares garantidos por civis.
A Quinta República (nada a ver com a França) surgiu sem voto, sem povo, sem urna, e portanto sem democracia. Mas o que fazer? Chamaram de "transição" o esforço de "salvar" da contaminação e da condenação civis e militares com o peito carregado de condecorações.
E agora, em outubro de 2008, faltam 2 anos para a eleição presidencial. Ninguém sabe o que irá acontecer, os partidos não existem. Os candidatos sem renovação, 8 anos depois, quase os mesmos de 2002. Que resistência. (A impressão é de repetição dos Tenentes que tomaram o Poder em 30, resistiram ao Estado Novo de 1937 apoiando Vargas, derrubaram o próprio em 1945, ainda tiveram forças para participar de 1964. Nenhuma novidade, tudo tinha a "marca ditatorial").
Quando eu digo que assistiremos à repetição de 2002, estão aí: Serra, Ciro, Anthony Mateus (se reverter a inelegibilidade), Aecio Neves, que já participava mas não tinha idade. Nenhum deles está seguro pela falta de autenticidade dos partidos. Mas todos "sabem de ciência própria" que não podem excluir o presidente Lula de nenhuma consideração.
A falta de nomes é "consagradora da inutilidade e da falta de renovação". Serra faltou várias vezes com a palavra, é o mesmo PILANTRÓPICO, como foi chamado pelo senador Ornelas. E apesar de senador, nunca respondeu. Aecio pode não garantir a legenda do PSDB, possivelmente terá que mudar para o PMDB. Mas no PMDB, existe um candidato de 2002, que não teve legenda em 2006, sonha com 2010. E Mateus dormindo em qual partido?
As chamadas legendas menores vão se unir. Podem lançar Aldo Rebelo, ou Ciro Gomes, não elegem um só prefeito, portanto se destroem para 2010. Quem sabe escolhem o ministro do Trabalho do PDT, que, lançado, protegido e apoiado por Brizola, nunca se elegeu nada? Seu nome, Carlos Lupi, continuará "invicto" para todo o sempre.O único que tem carisma, liderança, partido, mas não condições de continuar, é Luiz Inacio Lula da Silva. É igual a todos os outros, está tão conformado (e mais grave ainda, convencido) de que faz um grande governo que "docemente constrangido" poderia aceitar mais 4 anos. Para começar, perdão, recomeçar. Mas não quer de jeito algum, nem pensa ou admite ficar no Planalto. Quer voltar em 2014.
PS - Como disse o grande Tiago de Mello, "faz escuro mas eu canto". 2 anos antes de tudo, prefiro repetir o poeta do que acompanhar ditadores-democratas ou democratas-ditadores. Que são todos que chegam ao Planalto-Alvorada, repetindo os que até 1960 chegavam no Catete-Guanabara.
PS 2 - Só que Lula é popularíssimo nas pesquisas, mas não elegeu um só prefeito importante. Principalmente no triângulo das Bermudas, SP, BH, Rio capital.
Aldo Rebelo
Não tem voto para mais do que deputado. Tem que apelar para a vice. Mas seu poder de análise é decepcionante.

Saiba viver melhor lendo o que outros escrevem para você saber mais do que pensa que sabe.
Pedro Bueno

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